Eu te odeio, não me deixe: entendendo o borderline e buscando ajuda.
- Luciana Vanini

- 6 de set.
- 2 min de leitura
Você já se sentiu em um relacionamento marcado por altos e baixos intensos, em que a proximidade é desejada e, ao mesmo tempo, temida? Já percebeu em si mesmo(a) ou em alguém próximo explosões emocionais seguidas de um medo desesperador de ser abandonado(a)?
Essas experiências podem estar relacionadas ao Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), um tema central do livro “Eu te odeio, não me deixe”, de Jerold J. Kreisman e Hal Straus.
O que é o borderline?
O TPB é um transtorno caracterizado por instabilidade emocional, relacionamentos intensos e um medo profundo de abandono. Quem vive essa condição pode oscilar entre sentir amor profundo e, em pouco tempo, demonstrar raiva ou rejeição.
É como se dentro da mesma pessoa existisse uma necessidade intensa de estar junto e, ao mesmo tempo, uma defesa contra a dor da rejeição.
Por que o comportamento parece contraditório?
Para quem convive com alguém que apresenta traços borderline, os comportamentos podem parecer incompreensíveis:
• Um momento de carinho intenso pode ser seguido por uma explosão de raiva;
• A sensação de proximidade pode, rapidamente, dar lugar a acusações ou distanciamento;
O livro ajuda a entender que não se trata de manipulação ou escolha consciente, mas sim de uma dificuldade real de regular emoções, frequentemente ligada a experiências dolorosas no passado.
O impacto nos relacionamentos
Família, amigos e parceiros amorosos muitas vezes se sentem confusos, cansados ou até culpados diante dessas oscilações.
Por outro lado, quem tem o transtorno costuma carregar uma sensação constante de vazio e insegurança, vivendo intensamente o medo de rejeição.
Essa combinação pode tornar os relacionamentos muito desafiadores, mas compreender o transtorno é o primeiro passo para transformar esses vínculos.
Existe esperança de mudança
O livro mostra que há caminhos de tratamento, psicoterapias especializadas no manejo das emoções oferecem ferramentas para:
• aprender a lidar com impulsividade;
• desenvolver estabilidade emocional;
• construir relações mais seguras e saudáveis.
O tratamento pode abrir caminhos para uma vida mais equilibrada.
A psicoterapia oferece um espaço seguro para compreender emoções intensas, fortalecer a autoestima e aprender novas formas de lidar com relacionamentos e com a vida.
Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem para transformar sua história.
Este conteúdo se refere a um breve resumo do que você pode encontrar no livro “Eu te odeio, não me deixe”, de Jerold J. Kreisman e Hal Straus.


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