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Por que o mesmo evento pode ser traumático para uma pessoa e não para outra?

  • Foto do escritor: Luciana Vanini
    Luciana Vanini
  • 5 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de set.

Você já se perguntou por que uma situação que parece comum para alguns pode deixar marcas profundas em outros?

A resposta é que o impacto de um acontecimento não depende apenas da sua gravidade, mas também da forma como nosso cérebro processa a experiência.

Enquanto uma pessoa pode atravessar um episódio sem grandes consequências, outra pode desenvolver sintomas duradouros. Isso não tem a ver com fraqueza ou falta de força de vontade. Pelo contrário: envolve uma combinação de fatores como genética, ambiente, experiências anteriores e até mesmo o apoio recebido logo após o ocorrido.


Logo depois de um evento difícil, existe uma espécie de “janela de oportunidade” que permite ao cérebro organizar a experiência de forma saudável. Um gesto de acolhimento, como um abraço e uma palavra de conforto, pode ajudar esse processo.

Por outro lado, a ausência de suporte emocional ou a sobrecarga do sistema de estresse pode fazer com que a memória fique registrada de forma negativa, como uma ferida que não cicatrizou.


Algo que para um adulto pode parecer “sem importância” — como uma crítica, uma rejeição ou uma humilhação na escola — pode ser devastador para uma criança.

Ser excluído do grupo, não ser amado ou aceito, representava risco de sobrevivência. É por isso que experiências de rejeição ou abandono podem ser vividas com tanta intensidade e, se não processadas, continuar impactando a vida adulta.


O fato de certas memórias dolorosas ainda afetarem o presente não significa que a pessoa “escolheu” carregar esse peso. Não é culpa dela, nem de quem passou pelo mesmo evento e não se traumatizou.

Cada cérebro responde de maneira única às experiências. O mais importante é compreender que, se algo continua gerando sofrimento, é possível buscar ajuda.


A psicoterapia oferece um espaço seguro para revisitar essas experiências e ajudar o cérebro a processá-las de maneira saudável. Esse trabalho pode aliviar sintomas, reduzir medos e abrir espaço para viver o presente com mais liberdade.


Não importa se o que aconteceu parece “pequeno” ou “grande” para os olhos de hoje. Se deixou marcas, merece ser olhado com cuidado, acolhimento e a possibilidade de transformação.





Este conteúdo teve como referência o livro Deixando seu passado no passado de Francine Shapiro.

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© 2019 por Luciana Vanini Psicóloga

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